




Saímos de Taió às 19h45min de van em direção a Ituporanga, 16 pessoas viajavam animadas, porém ansiosas para chegar ao destino. A expectativa para o show mais esperado do ano na região podia ser facilmente percebida dentro da van. Cada vez que as músicas da dupla eram tocadas um forte coro reproduzia com entusiasmo as letras. Entre elas Borboletas, que faz parte da trilha sonora do novo CD. Era um ensaio para cantar as músicas no show. Mesmo a chuva não desanimava o pessoal. Já em Rio do Sul na SC-301 a caminho de Ituporanga pudemos sentir o tamanho e proporção que seria o evento. Quilômetros de carros, vans e ônibus enfileirados em direção ao Show. Chegamos por volta das 20h30min, o estacionamento já estava lotado, uma grande fila se formava nos portões, entramos e fomos logo garantir um lugar o mais próximo possível do palco. Uma, duas.... quatro horas de espera até que 00h30min em ponto a dupla apareceu no palco cantando “Fada”, para o delírio da galera. Máquinas fotográficas na mão os fãs disputavam o espaço para conseguir o melhor ângulo. O público estimado em 25 mil pessoas era composto de mulheres, homens, adolescentes, senhoras e crianças. Todos adoraram Victor e Leo. O carisma da dupla emocionou o público, as meninas não se decidiam para escolher o mais bonito Victor ou Leo? Victor arrasou com seu violão e Leo empolgou com sua voz. Um dos momentos mais altos do show foi quando as meninas gritavam para o Victor “lindo, T.., bonito e gostosão”, isso deixou o moço encabulado brincou “nós não esperávamos chegar em Ituporanga e encontrar tantas mulheres apaixonadas pelo violão”. Ele agradeceu o público, agradeceu os carregadores, apresentou a banda e o Leo pediu para o público erguer as mãos para uma foto que iria para a capa do novo CD.
Duas horas depois tudo acabou, mas ninguém queria sair dali e a dupla voltou e cantou mais alguns minutos. Cansados mais realizados voltamos para Taió, enfrentando o congestionamento e uma multidão na saída, chegamos às 5h30min. Valeu a pena e vai precisar “uma vida toda pra tirar essa lembrança da minha vida.”
Relato de uma fã.
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Matéria da dupla para o Jornal Gazeta do Sul, de Santa Cruz do Sul.
A atração mais esperada do Mundo Bailão é, sem dúvida, o show nacional com a dupla sertaneja Victor & Leo. Os irmãos mineiros nascidos em Ponte Nova e criados na pequena cidade de Abre Campo colecionam recordes de público a cada apresentação. Desde o ano passado ocupam as primeiras posições em sites de buscas de letras e em rádios, do Norte ao Sul do País.
Embora a carreira tenha começado há mais de uma década e meia tocando em barzinhos de Belo Horizonte, foi no ano passado que a dupla deixou de ser a maior revelação da música sertaneja brasileira para se tornar uma das mais consagradas do Brasil. Contratados pela Sony/BMG, relançaram o CD Victor&Leo ao Vivo, que rendeu Disco de Ouro já no terceiro mês de vendas. A gravação de Victor & Leo ao Vivo em Uberlândia, em CD e DVD, reforçou ainda mais o sucesso dos mineiros, que hoje estão entre os cinco produtos mais vendidos do País.
Considerados como responsáveis pela renovação da música sertaneja, ao lado de César Menotti e Fabiano e João Bosco e Vinícius, despontaram no cenário nacional com várias canções ao mesmo tempo. Fotos, Tem que Ser Você, Fada, Vida Boa, Sinto Falta de Você, Amigo Apaixonado e Lembranças de Amor estão entre elas. Todas de autoria do Victor. Aliás, os dois são os produtores e arranjadores de seus discos, além de intérpretes.
Mas a trajetória exitosa não parou por aí. Recentemente Victor & Leo lançaram o álbum Borboletas, que conta com a música Tem que ser Você, na novela A Favorita, da Rede Globo. O hit é tema das personagens Maria do Céu (Deborah Secco) e Cassiano (Thiago Rodrigues).
O Magazine conversou com a dupla e traz mais informações para você:
Magazine – Quando vocês tiveram o primeiro contato com a música?
Victor – Eu comecei a tocar violão aos 11 anos. Tive professor por um tempo e depois, sozinho, fui adaptando e criando um modo próprio de tocar. O Leo cantou em algumas bandas e no coral do colégio em que ele estudava. Sempre foi muito afinado e dono de um belíssimo timbre. Em 1992, cantamos juntos pela primeira vez e por pura brincadeira. Foi um hobby durante um bom tempo, até que percebemos estar ali o que mais amávamos fazer e a forma como poderíamos nos sentir úteis profissionalmente.
Magazine – De onde vêm as suas influências musicais?
Leo – Realmente, nossas influências são muitas. Ouvimos o que nos emociona e julgamos isso pela letra, melodia e arranjos de uma canção. Gostamos muito de trabalhos regionais como o de Almir Sater, Alceu Valença e Zé Ramalho e também de sons diversos internacionais como Enya, Eric Clapton e Phil Collins.
Magazine – De onde vêm as inspirações para as composições ?
Victor - Ouvimos de tudo um pouco mas não imitamos nada. A soma real do que ouvimos como referência está na essência e no quanto isso pode inspirar. Não dá para dizer de onde vem a inspiração. É uma coisa que só se pode ver e ouvir com a alma e está ao alcance do que só se pode sentir. Uma boa canção são notas musicais letradas que se aproximaram muito da essência e do sentimento de que saíram.
Magazine – O romantismo é bem marcante em suas músicas, mas sem se deixar cair no chamado estilo “dor de cotovelo”. É uma estratégia ou algo pensado para que o trabalho de vocês seja um pouco diferente ?
Leo – Nada do que fazemos é exatamente pensado embora, com o tempo, acabamos aprendendo a usar nossas emoções em nosso favor. Para se ter uma idéia, Fada e Amigo Apaixonado são canções compostas há mais de dez anos e Fotos, uma canção de 2007. Nossa intenção é espiritualmente clara e queremos mesmo que as pessoas sintam-se bem quando ouvem nossas canções. Quando você é você mesmo, você é original porque ninguém é igual a ninguém. Por isso, fazemos música de um jeito próprio.
Magazine – Victor, você é considerado um dos maiores compositores do Brasil. A dupla investe em composições próprias?
Victor – Nosso trabalho é praticamente autoral. Os arranjos de todas as canções são feitos por mim e pelo Leo. Então, mesmo aquelas que não nos pertencem em autoria, ganham a nossa cara como se fossem. Meu toque ao violão também é muito próprio, sendo a base instrumental de nossos arranjos. Então, compor e arranjar é parte natural de nosso estilo. Digo nosso, porque em tudo o que faço – inclusive compor – há um toque fundamental e artístico em aprovação, opinião e parceria do meu irmão, Leo.
Magazine – Vocês são colocados constantemente no estilo “sertanejo universitário”. Vocês concordam com esse rótulo?
Leo – É complicado emitir uma opinião sobre o rótulo porque, em verdade, nem sabemos ao certo o seu significado. O que podemos dizer é que não nos incluímos nele. Nossas referências, embora diversas, vêm da música sertaneja desde suas raízes às suas renovadas épocas. Não pertencemos a movimento algum. Fazemos música de um jeito próprio, compondo, arranjando e produzindo, independente de mercado e tendências.
Magazine – Desde o ano passado vocês batem recordes de público com diversos shows em diferentes cidades e estados. Ainda assim, são conhecidos por tratarem com muito carinho as pessoas e os fãs. Isso é natural e é uma constante na carreira da dupla?
Victor – Certamente. Quando estamos diante de uma multidão, sabemos que cada pessoa ali pagou um ingresso para nos assistir, se deslocou de casa ou do trabalho, possui um sentimento específico em relação ao lugar, ao show, a si mesma e veio em busca de emoção. Então não há uma multidão e sim, milhares de “cada um”. Por se tratar de gente demais, fazemos um show coletivo, mas sem esquecer a individualidade de cada um.
Fonte: Gazeta do Sul.
O Barriga Verde